terça-feira, 13 de setembro de 2011

Escritório Literário: Tempo para aprender e maturar o romance

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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

EUA - Não São Tão Vítimas Assim


ATAQUES TERRORISTAS aos ESTADOS UNIDOS em 11 de SETEMBRO – POR QUE AS PESSOAS SÓ LEMBRAM DAS VÍTIMAS NORTE AMERICANAS? SERÁ QUE OS EUA FORAM TÃO VÍTIMAS ASSIM?
Com toda certeza, você caro leitor não está compreendendo as perguntas acima. Ou eu estou ficando maluca, ou ninguém sabe o que se passa por minha cabeça quando resolvo escrever tais palavras? Acredite, é isso mesmo o que eu queria escrever, mas não se preocupe, vou explicar.
Durante as últimas duas semanas que antecederam esse domingo, 11 de setembro, fatídico dia em que os Estados Unidos e o restante do mundo estariam voltados à Nova Iorque para celebrar todas as homenagens as vítimas do que foi considerado o maior ataque terrorista da história americana, inúmeras matérias, vídeos, notícias, surgiram na mídia. Explodiram em todos os canais, revistas, jornais... para onde você se virasse, não tinha jeito, lá estavam eles, jornalistas ou não, sensacionalistas ou não, falando dessa efeméride.
Sinceramente eu já estava ficando cansada de ver e ouvir as mesmas coisas, por isso mesmo estou aqui, escrevendo sobre o assunto.
Ora, para quem não me conhece, pensa que eu sou insensível, que não fiquei chocada com tamanho acontecimento, ou sequer lamentei pelas vítimas desse mal. Lamentei gente, e continuo lamentando, acreditem. O que eu não concordo é que os Estados Unidos façam desse acontecimento um ato totalmente sensacionalista, isso sim é que é desrespeito com as vítimas e com os parentes dos mesmos.
Antes mesmo que você me afirme: Mas eles foram vítimas, só estão querendo se proteger. Eu te digo: não é de hoje que a dita como “maior potência mundial” trata os seus, diferente dos demais. Se você nasceu lá, você é americano, é patriota, é filho da terra, aquele que vai dar a vida pela pátria, caso contrário, você não passa de um intruso, de uma ameaça, terrorista ou não, mas ameaça.
Para começo de conversa, norte americano é todo aquele que nasce na América do Norte, que compreendem os países: México, Estados Unidos e Canadá. Mas a prepotência é tanta, que norte americano na visão distorcida deles é aquele cujo nascimento deu-se em terras dos Estados Unidos. Então, por que eu devo me curvar para um país que simplesmente se acha? Se se acham muito, sabem por quê? De acordo com dados oficial do próprio governo “norte americano”, 2.996 pessoas morreram nesse atentado, incluindo os 19 terroristas. Sendo que desse total, 246 estavam nos quatro aviões seqüestrados; 125 estavam no Pentágono e ainda, desse total de mortos, a maioria estava em Nova Iorque, compreendendo as Torres Gêmeas do World Trade Center, um número aproximado de 2.606 mortos foram identificados. Um número grande de pessoas que perderam suas vidas, isso é verdade, mas devemos lembrar que essas pessoas, incluindo gente de mais de 70 países, e que estavam dentre os mortos, não se iguala as milhares de vítimas que os próprios EUA já fizeram, antes mesmo do referido atentado.
Olharmos para lá e nos sensibilizarmos com o que houve é uma coisa, mas daí fazer desse atentado algo sensacional, que transforme o governo norte americano em uma vítima potência de um sistema vingativo como o da Al Qaeda, é pedir demais.
Enquanto um país arrogante e prepotente, perdeu um número equivalente a 3.000 mil pessoas, ninguém se comove com as vítimas que eles mesmos já fizeram. É com isso que eu não concordo. Tanta sensação sobre um acontecimento que apenas acrescenta relevante perda ao país com aptidões ao bélico, como os Estados Unidos.
Quer saber? Vamos lá então. Vamos conferir quem perdeu mais ao longo de décadas semeando, contribuindo e participando com guerras em diferentes continentes... se, somente se os Estados Unidos não se envolvessem tanto com as guerras, ou não metessem o “bedelho” em assuntos dos outros, talvez suas belas torres, orgulho de uma economia, hoje não tão sólida assim, ainda estivessem lá, firmes e fortes, mas está claro o quanto desconsideraram as teorias quânticas do físico austríaco Erwin Schroedinger que resultou na solução para o Enigma dos Universos Paralelos, conhecida como Interpretação de Copenhague. Se não fizessem vítimas, talvez não tivessem vítimas.
Não é de hoje que os EUA participam de guerras, que matam ou ajudam matar inocentes, inclusive de seu próprio país. Mas nessa altura do campeonato ninguém está se lembrando disso, ou pior, não está se preocupando com isso. Mas para mostrar a todos que eu não estou sem noção alguma do que escrevo, vamos lá aos primeiros dados.
O ano foi de 1945. No mês de agosto do referido ano, os bombardeiros americanos realizaram ataques nucleares utilizando bombas atômicas sobre duas cidades japonesas: HIROSHIMA e NAGASAKI. Estes ataques resultaram em 300.000 mortes instantâneas, além de formar um número de vítimas posteriormente, devido à contaminação pela radiação.
Em 1957 teve início a GUERRA DO VIETNÃ, que durou até o ano de 1975. Nesta guerra, morreram cerca de 58.000 americanos.
Conflito militar entre KUWEIT e IRAQUE. Em 16 de janeiro, as forças coligadas de 28 países liderados pelos EUA deram início aos bombardeios aéreos em Bagdá. Estima-se que 100.000 soldados morreram; ainda, 7.000 civis iraquianos perderam suas vidas; mais 30.000 kuweitianos e 510 homens da colizão, foram mortos.
Na Guerra do Golfo Pérsico, que aconteceu entre maio de 1990 e fevereiro de 1991, houve um total de 293 americanos mortos e cerca de 100.000 iraquianos perderam suas vidas nessa guerra.
Para quem já matou tanta gente, ou já ajudou a matar pessoas, a quantidade de vítimas do 11 de setembro de 2001 parece insignificante, não é mesmo? Só não é, porque trata-se de vidas, de pessoas que covardemente tiveram suas vidas aniquiladas, mas não deixa de ser vergonhoso ver os Estados Unidos agindo como coitadinhos, quando quem são coitados mesmo, são os civis que nada fizeram, não ordenaram ou comandaram guerras, e mesmo assim foram condenados à morte, uma morte brutal.
Lamento pelas vítimas e mais ainda por seus familiares, que jamais irão esquecer esse ocorrido e tão pouco irão se livrar dessa dor profunda. Mas gostaria que pelo menos os Estados Unidos não fosse tão orgulho e admitisse que assim como ele gosta de “SE METER” em tudo, tem países que vão continuar perturbando eles. Afinal, disse Jesus Crsito para João: “Quem com o ferro feri, com o ferro será ferido”. Pelo visto, os EUA ainda não aprenderam isso.


Fonte da Imagem: www.tvcanal7.blogspot.com
Texto e Edição: Vanusa Lima