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sábado, 4 de março de 2023


Depoimentos fracionados em três vídeos, dos artistas, produtores, diretores e demais participantes do Cênicas Festival de Teatro, Dança e Audiovisual do Paulista - Edição 2016


Depoimento Cênicas 2016 Parte 1/3

Depoimento Cênicas 2016 Parte 2/3


Depoimento Cênicas 2016 Parte 3/3






 


A voz do Artista

É gratificante quando vemos e ouvimos o artista falar. Quando ele pode se expressar e mostrar seus anseios, suas expectativas e suas realizações. 
Esse momento foi importante porque foi o ponta pé inicial entre a parceria do evento Cênicas com a rádio Esperança FM da cidade do Paulista/PE.
Eu no meu momento jornalista, após o término de um dia como produtora... teatro, cinema, comunicação, jornalismo... meu mundinho de letras e artes, tudo junto e misturado.

Por Vanusa Lima



 


Bastidores do Cênicas 2016

Nada melhor que deixar registrado alguns dos momentos mais emocionantes de um evento, quando o público se faz presente. O artista sem público, não é um artista, é meramente um ser humano iludido em uma fantasia que vestiu para ele mesmo.
Então, como um dos mais belos filmes e clássicos da telona "Recordar é viver", vamos recordar esses momentos únicos desse belo festival e, entender que, independente do final que foi dado ao referido festival, o sonho de público e artista não pode acabar, porque para o artista o show só acaba quando as cortinas fecham e os aplausos cessam.
Apenas um pequeno desabafo!

Por Vanusa Lima

 



Cênicas - Festival de Teatro, Dança e Audiovisual do Paulista - Edição 2016

Com toda certeza do meu coração, posso afirmar que este foi um dos projetos culturais, quais participei pela produtora Ocaso, que mais mexeu comigo em todas as nuances do meu ser. 
O Cênicas teve sua primeira edição no ano de 2015, lembro-me da correria, do estresse da pré-produção, da correria atrás dos grupos artísticos, de outros diretores de teatro e cinema... como queríamos produzir o Festival, sim, não seria apenas mais um festival, e sim, o Festival da cidade do Paulista!
Se no ano anterior, com edital lançado, ingressos impressos, materiais de divulgação rodados, estávamos aflitos, sem saber como seria a aceitação tanto da parte artística, como do público, nosso alvo maior, por assim dizer. Fou tenso, intenso, mas valeu à pena. Tanto que, na edição do ano seguinte, já tínhamos grupos artísticos nos procurando para poderem participar da nova edição. Foi de mesma intensidade, de mais estresse (quanto maior a responsabilidade, maior a cobrança), porém, mais uma vez valeu muitíssimo à pena.
Porém, dizem que tudo que é bom está fadado a terminar... acabou. Com apenas duas edições, o Cênicas chegou ao fim. Mas acredito que foi de muita relevãncia, muitos artistas passaram por esse conceituado evento, muitos diretores e produtores... alguns estreiaram lá, outros tiveram sonhos realizados naquele mundo mágico e encantado.
Bem... lembranças à parte. Vou deixar registrado aqui, nos vídeos seguintes, depoimentos e momentos dessa última edição de um festival que nasceu, estrelou e findou tão rápido como ascendem algumas estrelas. Como uma famosa música de Roberto Carlos "(...) rápido como um raio, repentino como um trovão (...)" assim foi o Cênicas em apenas duas edições. Para ficar na memória.
Não, por favor, não me perguntem o que levou ao fim o que não deveria ter findado, pois não é esse o meu objetivo. Quero apenas deixar registrado tudo o que foi bonito de se viver, fazer e mostrar, nada mais. 
Agradecerei sempre, o carinho de todos que marcaram ao festival, que como mencionei no começo, foi de um grande aprendizado para minha vida pessoal e, profissional sem dúvidas.

 Por Vanusa Lima

sexta-feira, 3 de março de 2023


ALMAS TROCADAS

 Outro trabalho por mim realizado, foi o curta "Almas Trocadas", um lindo e singelo romance, onde o amor verdadeiro era o que deveria prevalecer na vida do casal. Baseado na vida real? Quem sabe! Quantos não vivem por aí com suas "almas trocadas" e continuam seguindo por caminhos distintos, ou quantos não viveram assim? Vai saber!
Importante é que não vim falar do roteiro, mas do trabalho em si. Esse trabalho, também foi resultado de umas das disciplinas do curso de Cinema e Audiovisual da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, e posso afirmar que ele me ensinou mais do que a própria disciplina, e uma dessas coisas que aprendi foi, fazer cinema no Brasil e mais ainda no Nordeste brasileiro, onde existe ainda muita discriminação, é complicado na verdade. 
Aprendi, juntamente com meus colegas de trabalho e aos amigos atores Douglas Lima e Lane Blansher, que a camaradagem e a brodagem são requisitos primordiais para que tudo funcione, pois bem sabemos que o dinheiro só chega aos poucos afortunados, mas, como o número de pessoas querendo fazer cinema é bem maior, a conta não fecha.
Então nos restam: boa vontade de fazer; disposição para jornadas longas entre idas e vindas de ônibus; divisões de lanches, com muito biscoitos e refrigerantes; todos fazem tudo... carregam, montam, ligam, desligam, "ajustam" figurinos, maqueiam-se uns aos outros e por aí vai... isto é cinema brasileiro para sonhadores que galgam chegar às grandes produtoras, por acreditarem em suas capacidades de ser e acontecer. Sejam bem vindos a nossa realidade "fantástica".
Não entendam como uma crítica, embora a mesma esteja intrísica na narrativa (não tem como não estar, mesmo sendo, ou tentando ser sútil), mas vejam como um breve relato das dificuldades e regozijos que essa singela cineasta passou em seus dias de aprendizado, não apenas teórico, mas, muito e muito prático, podem acreditar.
Quando você é estudante e ver um produto seu ser finalizado, você vislumbra chegar em lugares e patamares mais altos, faz parte. E com o tudo tem o lado positivo e negativo da coisa, bem, o negativo já descrevi, as dificuldades, etc e tal... o positivo, é que, se você viveu tudo isso, e mesmo conhecendo as dificuldades, privações, limitações, sacrifícios e demais agregados... você pode e com certeza, você pode fazer ainda mais, quando chegar nas outras esferas do universo cinamatográfico. Como diria uma bela pexinho azul "continue a nadar, nadar, nadar... " e eu, você e todos os que acreditam em nós, chegaremos lá.

Por Vanusa Lima
03.03.2023




À Espera...

Este curta, ou, a proposta dele, foi fruto de uma das disciplinas do curso de Cinema e Audiovisual da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, mas precisamente da cadeira de "Direção", na qual eu cursei.
Muito importante para mim, não apenas por ser ele responsável por minha aprovação na disciplina, mas, pelas pessoas envolvidas. As duas pessoinhas deste vídeo são nada mais nada menos que meus dois, dos três filhos, o mais velho no papel de "pai" e o caçula interpretando o "filho".
Quando trabalhar com o que gostamos representa nossas realizações pessoais, imagine quando as pessoas que mais amamos fazem parte desse universo. E, não pensem que o filho do meio não estava lá não... sim, estava, nos bastidores, meu ajudante de direção, meu contrarregra, meu assistente... não tinha como não ser especial, né verdade?
Independente se hoje os caminhos deles são diferentes do que eu gosto, importante é saber que onde quer que eu esteja, ou, que eu precise fazer, se tiver que contar com eles, os meus três príncipes coroados estarão lá, e como diz uma famosa marca de cartão "isto não tem preço, para todo o resto (...) ". É desse jeito.

Por Vanusa Lima
03.03.2023

 


 


 "OLHAR"

Se eu fosse resumir esse curta com uma só palavra, descreveria "Despertar" pois foi através dele, que eu descobri minha paixão pelo cinema e pela atuação. Claro, estou longe de ser uma atriz "hollywoodiana", mas posso afirmar definitivamente que fui contagiada com o vírus da atuação, mesclando em meu ser a necessidade de criar e produzir "sonhos".
Sim, sonhos, porque para mim, esse universo remete aos sonhos, aqueles que parecem impossíveis de se concretizar, mas, que estão mais vivos do que nós mesmos. Esse mesmo "despertar" me direcionou ao curso de cinema, outra paixão que estava adormecida dentro de mim, mas que me movia e até hoje me move de uma forma inexplicável.
E o que foi mais interessante, não posso chamar de coincidência, mas de preparação, este vídeo foi fruto de uma oficina qual participei, onde a professora Alice Gouveia dois anos depois estaria novamente ministrando aulas para mim, dessa vez não numa oficina, mas, em uma das inúmeras cadeiras obrigatórias do curso de Cinema e Audiovisual da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco.
Se esta conectividade não é fruto de um propósito maior, aquele que Deus preparou para a minha vida, então eu não sei explicar o que aconteceu. Alguns diriam: "o universo conspirou ao seu favor", eita glória, e quem, se não Deus, o próprio autor desse interminável universo me indicou a direção do que eu deveria seguir? 
Pois bem, acreditem ou não, olhar para o curta OLHAR é lembrar que lá atrás em linhas talvez por mim tortuosas, Deus estava escrevendo um caminho em linhas retas para a concretização de sonhos, quais eu nem consigo narrar, mas sei que ao longe eu posso chegar.
Já dizia Xuxa Meneghel em minha infância: "Querer, Poder e Conseguir", e não é que é assim mesmo? Eu quero, eu sonho, Deus realiza, eu consigo. E tudo termina no final de uma reta não tão reta assim, mas que leva um olhar lá detrás para beeeeeeem longe.
Sem querer ser clichê e já sendo: "ao infinito e além!"
Meu agradecemento carinhoso a todos que participaram e dividiram comigo esta experiência maravilhosa!
  
Por Vanusa Lima
03.03.2023

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Eu posso ser o que eu quiser, basta acreditar

       Vanusa Lima - Daphne Models

 Olá caros amigos e amigas! Saudações...

... Quem conhece meu perfil sabe que, acabo passando temporadas sem aparecer... a correria é muita, graças a Deus! Sim, devemos agradecer sempre a Deus, por tudo, inclusive pelos nossos cansaços e fadigas, pois é, porque imaginem vocês quantas pessoas cerradas em leitos, não estão pedindo a Deus neste momento, por uma oportunidade de passar um dia ao menos, correndo de um lado para outro (sentido figurado mesmo), e no final do dia está exausto? Quantas pessoas não trocariam suas mazelas por momentos assim, desde que não estivessem mais em hospitais? Então... só por isso, eu e vocês somos vencedores e agradecidos a Deus, porque podemos "correr" o dia inteiro, e, mesmo assim, há quem não agradeça. Mas, tudo bem, isso é um particular de cada um com o Criador.

Beeeeeem... mas o que me trouxe aqui hoje, é contar para vocês uma novidade, atualmente com quase 42 anos, descobri que posso ser mais do que imaginava... como assim Vanusa? Sabe quando você nunca imaginou fazer algo e de repente descobre que pode fazer? Loucura isso né? É nada!!! Vou explicar (para encurtar a história) ... resumindo, além de outras coisas que faço, hoje também posso dizer que sou modelo!

Sim, modelo! Olha, para quem me conhece pessoalmente, sabe que eu jamais cogitei ser modelo, mas, como estou sempre aberta às descobertas, me possibilitei encarar tal desafio. Mas olha, vou dizer, não estou assustada, muitas pessoas fazem um bicho de sete cabeças, mas vou dizer, é só você ligar seu botãozinho da autoestima e voilá! Seguir, seguir e seguir... cada dia que passa, descubro que eu posso ser o que eu quiser, basta eu acreditar! Primeiramente em Deus e em mim, nas minhas capacidades.

Expectativas??? Tenho, mas não nas possibilidades que surgirão com relação aos trabalhos futuros, e sim, nas surpreendentes e maravilhosas ações de Deus na minha vida. Isso mesmo, nas coisas que Deus têm para mim. Porque nada disso seria, é ou será possível, se o meu Paizinho não permitisse, não permita e para o futuro, não permitirá acontecer. Sou totalmente dependente d'Ele e grata em totalidade existência de meu ser.

Uau... saber que tudo é permissão d'Ele e que Ele está no controle de minha vida, me conforta a tal ponto de dizer "Paizinho, eis-me aqui. Faz a Tua vontade na minha vida" e o mais, é confiar e esperar nEle, porque sei que sem Ele, a minha essência não é nada, quiçá a minha vida.

Meus amores, principalmente você mulher, você homem, que está passando por um momento de aflição, de dor, angústia, de aperreios (problemas), seja na saúde, no trabalho, na família... na sua baixa autoestima, erga a sua cabeça, clame ao Senhor e Ele te ouvirá. Entregue seus problemas nas mãos d'Ele e o deixe fazer Sua na tua vida. Não existem problemas grandes para nosso Deus, mas sim, existe um Deus Grande e Poderoso, que Tudo Pode, para acabar com quaisquer problemas... não fique para baixo, você é especial para Ele, você é alguém importante e pode sim, todas as coisas. Pode sim, continuar sonhando. Pode sim, continuar em busca dos seus ideais, e se alguém diz para você "desista, você não pode", "você vai perder", "isso não é para você"... não diga nada, apenas se lembre daquele que morreu por mim e por você, do que Ele te diria, caso você o perguntasse: "Vá em frente, Eu estou contigo"; "Você consegue, Eu te seguro"; "Creia em mim, e Eu te sararei"; "Há algo impossível para mim?".

Você já pensou nisso? Que muitas vezes somos nós mesmos quem dificultamos tudo? Tem um louvor muito lindo de Elias Silva que se chama "Livre Para Voar", a letra dele é maravilhosa e fala bastante comigo. Nos momentos de angústia, eu o ouço e isso me dá uma paz, e me faz perceber que tenho alguém que cuida de mim em TODO o tempo e o TEMPO todo. Prestem atenção em alguns trechos da letra, e depois, quando puderem, escutem o louvor. Tenho certeza que Deus vai falar com vocês através dele.

"Erga agora a cabeça, não fique triste, oh não! Porque parar tão cedo assim? Até disse: Deus me esqueceu, mas Ele não esquece os seus (...)  Se você cair, Ele te levanta. Se você chorar, Ele te consola. Quando oprimido, Ele te liberta. Ele é o Deus de ontem e de agora (...) Deus mandou eu te dizer, pare agora de sofrer. Erga a cabeça (...)" 

É isso meus amores, se vocês estão passando por situações complexas, ou se estão se achando incapazes de realizar algo, ou até mesmo de ser algo, eu vim aqui hoje, com o propósito de dizer a vocês, não desistam de seus sonhos, não se desacreditem, não parem de buscar o que tanto vocês creem... Sigam! As dificuldades aparecem, mas não são elas que vão nos parar. Acreditem em Deus, nesse Deus que Tudo pode, nesse Deus que Tudo sabe, nesse Deus que Tudo ver... Eu e você nada podemos, mas Ele sim, pode com certeza. Então entreguem-se a Ele, digam "Senhor, eis-me aqui, faz Tua vontade em mim, oh Pai" e deixe Ele agir. Porque eu tenho certeza de uma coisa, quando eu faço isso, me prosto aos pés do Altíssimo, eu vejo as coisas acontecerem na minha vida e na vida dos meus entes queridos. 
Como falei no começo da postagem, jamais me imaginei como modelo, mas agora sou. E quem fez isso fui eu? Não, foi meu Deus, que abriu o caminho do mar para que eu passasse. Por que eu sou melhor? Não, porque simplesmente confio nEle. Problemas sempre vamos ter. Certa vez falando aos discípulos, Jesus disse "no mundo tereis aflições, mas, tendes bom ânimo, eu venci o mundo" (João 16:33). E o que Ele quer dizer com isso? Que nós sempre passaremos por tribulações, mas Ele que é o nosso Redentor, venceu o mundo, suportando sobre si a carga de todos os pecados. Porque nós, com problemas tão pequenos perante ao que Ele passou, não iremos superar? Pensem nisso! Ergam vossas cabeças e sigam adiante. Porque o sol nasce para todos, inclusive para mim e para você. Por que não aproveitá-lo?
É isso meus amores... Saudades de escrever para vocês! Beijos grandes e até a próxima! Se Deus quiser!
 ;-) 
Que Deus vos abençõe!

Vanusa Lima

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Últimos dias... Não percam!


sábado, 8 de outubro de 2016

Resolução 001/2016 - Inscrições Cênicas


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Portal Tupanatinga

Acompanhem a matéria de Vanusa Lima na íntegra no link: 



domingo, 28 de agosto de 2016

Cine Nabuco: Sessões Gratuitas


Resultante de uma parceria entre a Ocaso e a Faculdade Joaquim Nabuco do Ser Educacional, o Cine Nabuco nasceu para trazer entretenimento à população em geral, estudantes das instituições de ensino superior e ensino médio, particulares e públicas, além de pessoas que se identifiquem como cinéfilos. 
O Cine Nabuco trás todas as terças-feiras, sempre a partir das 19h, filmes de diferentes países, além de filmes brasileiros, prestigiando assim, os nossos cineastas.
Os filmes são escolhidos a partir de temas que são definidos mensalmente. As temáticas dão uma diretriz para que sejam levadas ao debate após exibição de cada sessão.
Em geral, os professores da Faculdade Joaquim Nabuco estão utilizando o Cine Nabuco como uma de suas ferramentas para que através dos filmes, possam discutir com seus alunos o que viram em sala de aula. Um ganho não apenas para os universitários, mas, ao público em geral que participa, por poder compartilhar suas opiniões e ouvir os diferentes argumentos e embasamentos teóricos ou não, sobre o que acabara de assistir.
Um evento onde permite que o senso comum misture-se à opiniões embasada em conhecimento específico. Uma experiência que no final das contas quem ganha é o público, que sai de cada sessão, com a visão ampliada diante os problemas expostos nos filmes.
O Cine Nabuco é gratuito. As sessões ocorrem sempre no Bloco C da Faculdade Joaquim Nabuco, que fica ao lado do Paulista North Way Shopping. Aos interessados, vale salientar que os filmes possuem classificação etária, por isso a importância de consultar o blog do cineclube, para verificar a indicação da faixa etária, que varia de filme para filme. Existem uns que são Livres, outros que são para o público acima dos 14, 16 e até 18 anos.
Outras informações, acessem os endereços e redes sociais, mencionados no cartaz acima.
"Venha para a cena. Venha para o Cine Nabuco!"

Vanusa Lima
vanusalima.2007@gmail.com





Cênicas 2016 - Inscrições Abertas


Para quem curtiu o festival Cênicas em sua primeira edição que aconteceu em novembro de 2015, pode se preparar, pois as inscrições para a edição 2016 já estão abertas. E para quem não conseguiu se inscrever, agora é a hora de não deixar passar essa oportunidade.
O evento conta com a realização da Ocaso Produções, empresa genuinamente pernambucana, que busca, através de seus eventos, promover os artistas da região. E com a efetiva participação do produtor cultural Junior Mendes, principal idealizador do evento.
O Cênicas é um festival que tem como objetivo à formação de público e prestigiar nossos artistas, sejam eles amadores ou profissionais, estreantes ou veteranos. Com o slogan "Venha viver cultura com o Cênicas!" o festival convida a todos para vivenciar mais essa emoção.
Agora é com vocês... outras informações nos endereços e redes sociais que constam no cartaz acima.

Vanusa Lima
vanusalima.2007@gmail.com








sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Figurino Teatral


Agrinez Melo, Chico Domingues, Vanusa Lima, Maria Belo e Felipe Lima

Umas das experiências mais marcantes, foi participar de uma Oficina de Figurino voltado ao Teatro e, ministrada pela Atriz, Modelo e Figurinista Agrinez Melo. Com uma proposta inovadora, a oficina proporcionou aos seus participantes uma outra experiência ímpar, conviver e trabalhar com pessoas dotadas de alguma deficiência. A maioria dos deficientes presentes, tinha problemas de visão, baixa ou total, ainda, havia uma cadeirante. Foi incrível, pois aqueles que não possuíam deficiência alguma (aparente), aprenderam bem mais com a força de vontade deles. 




















As fotos seguintes são resultados do meu trabalho para conclusão da oficina, a composição de um figurino no qual denominei de Julieta. Tive o prazer de ver meu trabalho sendo vestido pela atriz Karol Spinelli, a mesma que desfilou no evento que a Vouver Acessibilidade proporcionou na Caixa Cultural denominado: Vouver Acessibilidade - Encontro de Acessibilidade Comunicacional realizado no dia 19/09/2015 às 13h, também apresentado por Agrinez Melo.

Karol |Spinelli - atriz, vestindo figurino de Vanusa Lima


Evento na Caixa Cultural - Vouver Acessibilidade




Karol Spinelli - atriz e Maria Belo - atriz e figurinista

domingo, 15 de março de 2015

ESPECIAL - O PRECONCEITO QUE FALA, É O MESMO QUE CALA

Um dos preconceitos mais praticados pela sociedade brasileira, é também o menos difundido

Imagem: Vanusa Lima
Talvez por ignorância ou displicência, as pessoas não se dão conta de sua gravidade e seguem no dia-a-dia com “brincadeiras” que nem sempre são bem quistas, principalmente por aqueles que sofrem com as referidas.
O preconceito linguístico existe, e isso é fato. E mais do que sua própria existência, o que pesa é o quanto ele incomoda a muita gente. Um incômodo silencioso que apenas poucas pessoas têm a consciência de suas consequências.
                  Por trazer desconforto para muitos, o tema preconceito é quase sempre evitado, deixando de lado suas sequelas muitas vezes avassaladoras. Um assunto que a maioria não gosta de abordar, porém vale lembrar, o quanto é importante que a sociedade discuta esse tipo de problema, e tente encontrar soluções para que suas vítimas consigam sair ilesas moralmente.
                  O que se entende por preconceito linguístico, está diretamente relacionado à fala. O indivíduo geralmente utiliza gírias, que são nada mais nada menos que marcas de pequenos grupos sociais, como skatistas, surfistas, classes que acabam possuindo um dialeto próprio e compreendido apenas por eles. Ou ainda, comunidades que representam determinadas regiões de um país, como no Brasil, por exemplo, onde possuímos cinco regiões das quais, seus nativos falam com características daquela localidade.
                  “O preconceito linguístico precisa ser reconhecido, denunciado e combatido, porque é uma das formas mais sutis e perversas de exclusão social”. Comenta o escritor, linguista e também professor da Universidade de Brasília, Marcos Bagno. Autor de mais de trinta livros, a maioria aborda o tema em questão. Um dos livros mais editado dele é o “Preconceito Linguístico: o que é, como se faz” da Editora Loyola.

Livro de Marcos Bagno- Imagem do Google

                  O que as pessoas não imaginam, é o quanto as vítimas sofrem com tudo isso, e passam a ter suas vidas transtornadas, muitas perdendo até o sentido de continuar existindo. Esse tipo de problema é sofrido por uma grande maioria, desde crianças à adultos. Não existe uma escolha de raça ou cor. Existe a certeza de contrariar um próximo, apenas porque ele fala “diferente” dos demais.

                  Embora algumas pessoas apresentem algum tipo de transtorno psicológico por conta do preconceito vivido, há aquelas que nada sentem, levando na brincadeira. Isso geralmente acontece com pessoas que não se incomodam com os tais rótulos dado por quem pratica o preconceito.
                  As principais vítimas do preconceito linguístico são no geral, pessoas que não pertencem àquela região, e quando chegam, são criticadas, humilhadas ou sofrem com as gargalhadas alheias, o tal do deboche.
                  Uma pessoa ao falar “oxente”, “visse”, “arretado” e outras mais, é facilmente identificado como nordestino, e a depender de onde esteja, pode ser visto com olhos de preconceito. Já os sudestinos, por exemplo, ao invés de falarem a palavra “mesmo”, eles pronunciam “mermo”, trocando o “s” por “r”. Outra pronúncia diferenciada está na palavra mãe, que eles trocam por “maê”.

Selma Alves natural do Rio de Janeiro

                  A carioca Selma Alves, hoje com 40 anos, chegou ao Recife aos 31. Em conversa informal, ela desabafou. “Sofro todos os dias. Devido ao sotaque, ao falar diferente. Agora não ligo. Mas no começo era muito difícil tudo isso. Hoje as pessoas ainda riem do meu modo de falar”.  
                  Situações constrangedoras como as vivenciadas por Selma e tantas outras pessoas que necessitam mudar de estado ou de cidade, ocorrem em distintos lugares, e o que mais desperta a atenção é que o preconceituoso nada tem a ver com classe social ou econômica, pois independente do meio onde vive, o agressor, por assim dizer, pertence a quaisquer uma das esferas sociais, o que é lamentável, tendo em vista que para esse caso específico, nota-se que o acesso à informação não faz diferença alguma e o sujeito pratica o preconceito a todo custo.
                  Diferentemente da carioca Selma, o estudante Gabriel Corrêa, 18 anos, tinha apenas onze quando veio morar em Recife. Gabriel que é de Santa Catarina, disse que com ele foi diferente. “Meus colegas me respeitam. Não se incomodam porque eu falo um pouco diferente deles”, revelou.

Gabriel Corrêa de Santa Catarina, aos 11 anos

                  No caso de Gabriel, podemos até dizer que ele teve um pouco de sorte, tendo em vista que é quase impossível alguém passar ileso dos comentários e brincadeiras maldosos, referentes aos sotaques de pessoas oriundas de outras regiões, independente do local onde se esteja. Isso porque, os praticantes ou, os preconceituosos, geralmente costumam agir quando já têm certa intimidade com a vítima, claro que nem sempre isso é regra, mas no geral isso acontece, e por esse motivo, alguns entendem que não estão agindo com preconceito, mas, brincando com o amigo, o que seria de alguma forma, permitido.
Para a psicóloga Flávia L. Carvalho, 47 anos, o preconceito linguístico não passa de uma extensão de um problema ainda maior, denominado Bullying, onde na maioria das vezes as crianças são as maiores vítimas e o local escolhido por elas, é a escola. Dentre as possíveis situações de Bullying, podemos destacar: ofensa; humilhação; descriminação; exclusão, e outros.
                  Bullying ou não, a verdade é que qualquer tipo de preconceito gera violência, e a maneira de se falar diferente do outro, chama a atenção para a quantidade de brigas que acontecem dentro das escolas. É cada vez maior o número de crianças que se envolvem em desavenças, e o motivo muitas vezes é o mesmo: “Ficou dizendo que eu não sei falar direito, que eu sou burra. Que falo errado porque sou do interior, mas isso não tem nada a ver”.
                  E não tem mesmo não. Esse fato aconteceu com a dona de casa Priscila O. Silva, 24 anos. Quando estava com 16 anos, saiu da cidade de Itaíba, interior pernambucano para morar na capital. Entretanto, por falar com sotaques característicos do interior, acabou tornando-se vítima dos colegas de trabalho e até vizinhos. “Nós lá da cidade sabemos respeitar os outros, mas aqui o povo é diferente”. Desabafou a jovem, que acrescentou “Não me acostumo com esse lugar. Depois de sete anos sofrendo com a humilhação de alguns vizinhos, quero voltar para minha casa no interior.”  Embora o Brasil seja um país culturalmente hibrido, e que por essa razão, tantas pessoas de regiões distintas, consigam falar diferente, elas não estão prontas para lidar com o preconceito e muitas desenvolvem um comportamento violento. Principalmente aquelas que sofrem a ação. Mesmo não recebendo toda a atenção que deveria receber, alguns profissionais buscam amenizar o trauma de algumas vítimas.

Manoel Agostinho, pedagogo da cidade de Tupanatinga PE

                  O pedagogo Manuel Agostinho, 64 anos, dava aulas há vinte anos para crianças carentes no agreste pernambucano. Um dos trabalhos desenvolvidos por ele em sala de aula é o respeito ao próximo. “Aqui ensinamos que o ser humano deve sempre ser respeitado e mais ainda, deve respeitar o seu semelhante. E o mais importante, saber conviver com as diferenças”. Completou o pedagogo.
                  Para essas crianças, o trabalho sempre apresenta resultados satisfatórios. “Chega ser quase impossível ouvir uma criança destratar uma outra”. Contou radiante o professor. “A maioria dessas crianças são pobres, algumas passam por privações, mas o desempenho delas me incentivaram a continuar. Estava no caminho certo”. Refletiu o professor Manoel, que por motivos de saúde, precisou ausentar-se das salas de aula, lamentando por não poder dar continuidade ao seu trabalho junto às crianças.
                  Numa outra escola, desta vez na capital, as soluções não são tão diferentes das apresentadas pelo professor Manoel, no interior.
                  “Não é difícil trabalhar com as diferenças, nem ensinar uma maneira de respeitar seu semelhante. Aqui na escola, temos uma disciplina chamada Direito da Cidadania, que estimula os alunos a conhecer e respeitar os diversos “mundos” do ser humano”. Contou Lucimar Arouxa, coordenadora pedagógica em um colégio localizado na zona sul do Recife.
                  De acordo com relato de alunos, de fato esse tipo de preconceito não foi detectado por nenhum deles. “Estudo aqui faz muito tempo, uns cinco anos, desde que me lembro. Mas nunca presenciei nenhum menino brigando por causa de seu modo de falar”. Disse Jéssica Beatriz, estudante, 19 anos.
                  O Doutor em Direito e Comunicação e Semiótica e professor da PUC-SP, Gabriel Chalita, publicou um artigo na revista Construir Notícias, direcionada aos educadores. Onde ele fala que a falta de conhecimento sobre o assunto, leva à violência e a descriminação.
                  “Na escola, essa atitude pode ter resultados drásticos, porque leva a vítima, muitas vezes, ao isolamento e, até ao abandono”. Conclui Chalita.
                  Para evitar quaisquer danos psicológicos principalmente às crianças, é extremamente importante que os pais observem seus filhos e os ambientes que ele frequenta. Tanto aquele que agride quanto o que é vítima, ambos necessitam de atenção e ajuda de profissionais. É interessante também que busquem maiores informações com pessoas qualificadas.
                  O preconceito existe e causa estrago em muita gente, mas com diálogos constantes e interesse de familiares e amigos, muitos problemas podem ser evitados. Além do mais, vale ressaltar que não há mal nenhum em ser diferente. Somos diferentes, pensamos e agimos estranho ao próximo e ele a nós, e é justamente isso que nos tornam pessoas especiais.
                  Ser diferente não é o problema. O problema são as pessoas acreditarem que temos que ser exatamente iguais. E isso não é possível, pois se bem lembrarmos, somos híbridos culturalmente, temos gostos e pensamentos distintos, isso não é defeito. Imaginem se todos fossem exatamente iguais? Com certeza só teríamos uma única profissão no mundo, e todos pareceríamos meros robôs. Isso sim seria desconfortante.
                  Aceitar as diferenças é reconhecer o quanto podemos ser ecléticos em distintas áreas. E como mostramos isso? Começamos aceitando que a FALA do indivíduo deve ter voz e pode se expressar da melhor maneira que lhe seja conveniente, através da sua própria fala.


Matéria: Vanusa Lima
Fotos de Selma Alves e Gabriel Corrêa: Vanusa Lima
Foto de Manoel Agostinho: Acervo Pessoal
Imagem do livro de Marcos Bagno: www.google.com.br



sábado, 14 de março de 2015

NECESSIDADE QUE VIROU PAIXÃO

A INCRÍVEL HISTÓRIA DE UMA MULHER QUE DESDE OS SEIS ANOS DE IDADE TRABALHA DENTRO DO MERCADO DE SÃO JOSÉ

Marli Sales - dona do boxe 73 no Mercado de São José
O Mercado de São José é um dos mais antigos do país. Fundado em sete de setembro de 1875, está sitiado no bairro de São José, na cidade do Recife, capital pernambucana. Além de produtos alimentícios, roupas, utensílios para casa e produtos religiosos, o Mercado esconde segredos que nem sempre chega aos olhos e ouvidos dos turistas e moradores que visitam o local. 
A emocionante história de vida de Marli Sales, de 46 anos, nos chama a atenção e, desperta a curiosidade de quem para e ouve o seu comovente relato. 
Filha mais nova de uma família de dez irmãos, começou acompanhar os pais quando tinha apenas seis anos de idade. Eles vendiam frango para os comerciantes da área. Algum tempo depois, a família conseguiu a concessão de um box e além de frango, passaram a  negociar outros produtos alimentícios.
A necessidade dos seus pais em manter o local e dele tirar o sustento da numerosa família, nem sempre agradou Marli. “Durante a adolecência pensava que pudesse existir outros meios para prover o nosso sustento. Queria me libertar desse lugar”.
Mesmo em busca dessa tal liberdade, Marli aproveitou sua adolescência para fazer cursos de aprimoramento na área comercial, visando melhorar os negócios da família.

“Hoje eu digo que o 
Mercado de São José 
é a minha vida”

Hoje, a família possui três boxes, sendo que um deles é em comum acordo com os demais irmãos, os outros dois é agora de propriedade da própria Marli.
 Consciente que tudo o que possui hoje, fora graças ao trabalho de seus pais e consequentemente o seu também, a comerciante declara. “Hoje eu digo que o Mercado de São José é a minha vida. Não consigo me ver trabalhando em outro lugar”. Talvez por isso, seja possível encontra-la todos os dias no Mercado de São José.
De domingo a domingo. A jornada é grande, porém incansável. No dia em que não pode ir ao local de trabalho, Marli liga e procura saber como estão as coisas sem a sua presença. “Passo o tempo todo aqui. Minha casa só vou para dormir”, confessa orgulhosa.
O amor que hoje sente pelo seu trabalho e pelo Mercado, a fez lutar por melhorias para o recinto. Criou com a ajuda de um pequeno grupo de comerciantes a Associação dos Locatários Internos do Mercado de São José, da qual já fora presidente.
Um dos principais objetivos da Associação era lutar por melhorias do ambiente de trabalho, bem como conscientizar a população de que o Mercado tem também um valor cultural de extrema relevância para a sociedade pernambucana. Outras conquistas conseguidas pela Associação foram fundamentais para apresentar o lugar como um dos principais pontos turísticos da região: padronização dos boxes; funcionários fardados; banheiros para deficientes físicos; placas informativas em quatro idiomas, dentre outras melhorias; bem como a criação do Espaço da Cultura Popular que serve para orientar os turistas e que visitam o Mercado.
 Desde o momento em que descobrira seu amor pelo Mercado de São José, a comerciante Marli Sales sente-se feliz e confessa não sentir vontade de sair mais de lá.


Reportagem e Foto: Vanusa Lima

quinta-feira, 6 de março de 2014

Palestra - Gestão e Produção Cultural - Uma Síntese ao Grupo Galpão e ao Galpão Cine Horto

A jornalista e estudante de cinema, Vanusa Lima fará uma palestra no próximo dia 20/03 às 19h no Espaço Pasárgada, na Rua da União, 263 - Recife, por trás do prédio da Fundarpe.
A proposta da palestra é falar sobre Gestão e Produção Cultural, conteúdo este que fora adquirido após dez dias convivendo com os gestores do Grupo Galpão e do Galpão Cine Horto em Belo Horizonte - MG. 
A experiência vivenciada dentro desse conceituado Grupo, rendeu-lhe um aprendizado no qual agora ela vai repartir com todos os inscritos para a palestra. Abordando diretrizes e apontando falhas e soluções para os problemas que podem surgir antes, durante e até após uma produção, seja ela de pequeno, médio ou grande porte.

Últimas vagas!!!

A inscrição é GRATUITA e os interessados devem encaminhar um email até o próximo dia 17/03/2014 constando nome completo, profissão e telefone para: inscricoes.palestras.ocaso@gmail.com

Data: 20/03/2014
Horário: das 19h às 21h
Local: Espaço Pasárgada - Rua da União, 263, Centro - Recife
Ponto de Referência: por trás do prédio da Fundarpe.
Informações: (81) 3184-3165


segunda-feira, 19 de março de 2012

O Retorno após quase vinte anos

Junior Mendes - Nova promessa no cenário cultural pernambucano

                                                                                                                      Arquivo Pessoal
 O locutor de rádio, produtor executivo, escritor, técnico em edificações e acadêmico em direito Junior Mendes é a mais nova promessa do cenário cultural pernambucano, isso porque o rapaz esteve afastado da cena por algum tempo, e agora prepara-se para regressar em grande estilo.

Idelizador do 1o. Festival de Teatro do Paulista, quando tinha apenas 18 anos, foi criticado e desacreditado pela própria família que ressentia que o jovem, ousado e sonhador, largasse os estudos para seguir por caminhos incertos: o das artes.
Não apenas provou para a família que o que desejara não era sonho, e sim, concretização. Como também, no mesmo ano, não apenas passou na escola em que estudara, como foi aprovado na escola Técnica Estadual, mostrando com isso, que suas afinidades com as artes em nada prejudicaria seus estudos.
Mas, infelizmente acabou seguindo por outros caminhos, como desejara a família, dedicando-se apenas aos estudos.
Hoje, alguns anos depois, ele promete voltar em grande estilo: ainda para 2012 Junior Mendes irá montar a peça teatral, de sua própria autoria: A Família, que conta com a participação de doze excelentes artistas e mais cinco pessoas que compõem a equipe técnica; uma exposição fotográfica; o lançamento de dois livros e uma montagem de uma das peças de Nelson Rodrigues.
Entre o segundo semestre de 2012 e o início de 2013, ele pretende dar início as filmagens de três documentários e uma microssérie. É o que ele contou em entrevista cedida à repórter Priscylla Ingrend da Tv Tabocas, afiliada da Tv Nova Nordeste no dia 16 de fevereiro, e me confirma em entrevista exclusiva, que vocês podem conferir logo à seguir.

Vanusa Lima: Você passou algum tempo afastado do cenário cultural pernambucano. Como você ver esse retorno e o que você pretende fazer de fato para marcar sua volta?
Junior Mendes: Vejo que agora Pernambuco está acreditando melhor em seus talentos. É o caso do engrandecimento de Ipojuca e a "revolução" que está acontecendo em Goiana. É também a interiorização da cultura em nosso estado. Pernambuco tem tudo para dar certo. Bastam políticas sérias que pensem no bem estar da população. Passei algum tempo afastado das arte sim, mas não totalmente. Após idealizar o Festival de Teatro em Paulista, em 1992, eu me dediquei aos estudos das edificações pela Escola Técnica. Porém, em 1998, eu idealizei um projeto que tem tudo haver com cultura e educação, qual apresentei à antiga EMTU, bem como ao Gabinete do Palácio do Campo das Princesas. Na época, o Governador do estado era o falecido Miguel Arraes e o seu Secretário da Fazenda, era o seu neto, o atual Governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Diante disso, iremos reapresentar o mesmo projeto, sendo que melhorado para a contemporaneidade. Espero aprová-lo agora. Deixei novamente de lado as artes para me dedicar novamente aos estudos, sendo que agora, em nível universitário. Em 2002, ingressei para o curso de Ciências da Computação, pela Faculdade dos Guararapes. Já em 2008, ingressei no curso de Engenharia de telecomunicações, pela Faculdade Maurício de Nassau. Em 2009 retornei às artes com dois projetos. Um deles é o Thokas do Som, que será reapresentado tanto ao Governo do Estado ainda em 2012, como para as prefeituras envolvidas. Já em 2011, ingressei no mundo do Direito, pela Universidade Católica de Pernambuco. Os demais projetos que estou me envolvendo em 2012, são os que te contei agora pouco.   
Vanusa Lima: Um porjeto que agrega outras prefeituras. Você pode citá-las?
Junior Mendes: Sim, claro. O Thokas do Som é um porjeto idealizado a partir dos programas de rádio, onde eu o denominei de rádio sobre os palcos e será levado a algumas cidades do interior do estado: Petrolina, Goiana, Palmares, Garanhuns, Tupantinga, Arcoverde, dentre outras.
Vanusa Lima: A peça A Família foi você quem escreveu, e finalizou-a há pouco tempo. Em que consiste o enredo da peça e quais suas espectativas com relação a ela?
Junior Mendes: Consiste na relação de uma família de interior de Pernambuco. Trata sobre os problemas familiares, com um olhar cômico, onde poderemos observar que o que acontece conosco dentre de casa tem o seu lado ilário, porém não conseguimos nos desvincular de todos os problemas, para observar melhor. As expectativas é a reflexão sobre nós mesmos e sobre a nossa relação para com os entes queridos, participantes de nossa família. No que tange família, entenda-se do conceito grego, onde fazia parte da família, todos os consanguineos e os por consideração. A iluminação será específica e também ampla. As cores de cenário e figurino serão vivas. A peça está enredada em 1842. No entando, vale salientar que na peça existe a ausência de palavrões ou insinuações pornográficas, tendo em vista que pretendo mostrar com essa peça, que é possível fazer humor sem fazer apelações do tipo.
Vanusa Lima: Você também falou de uma possível montagem de uma das peças do polêmico Nelson Rodrigues, que aliás, também era pernambucano. Você já pode adiatar algo sobre essa montagem ou ainda está em estudo?
Junior Mendes: A peça Senhora dos Afogados trata de relações de incesto, morte, violência e trama dentro de um drama familiar e mítico. A iluminação será específica. Já as cores serão vivas retratando a época de 1947, ano em que foi escrita por Nelson Rodrigues.
Vanusa Lima: Com relação aos demais projetos: a exposição, os livros, os documentário e a microssérie, você já pode nos adiantar mais informações sobre eles?
Junior Mendes: A exposição ocorrerá em Recife e tende a fazer com que os adolescentes a partir de 14 anos, possam refletir sobre sua própria língua: a portuguesa abrasileirada. Tanto no modo conotativo como no seu modo denotativo. Um dos livros é um romance policial e o outro é um romance infanto-juvenil. Os documentários, o primeiro é sobre a cultura de Pernambuco em si. O segundo sobre um escritor recifense e será gravado em Recife mesmo. Já o segundo é sobre um escritor vitoriense e será gravado em sua cidade de origem, Vitória de Santo Antão. A microssérie é sobre o relacionamento familiar e também aborda as drogas, violência e sexo na adolescência, dramas do cotidiano.
Vanusa Lima: Você me falou que existe um grupo entre atores e equipe técnica que estão sempre com você, pelo menos na maioria dos projetos. Quem são esses artistas? E qual a relevância desse grupo para seus projetos?
Junior Mendes: São atores pernambucanos e não gostaria de citar nomes agora por receio de esquecer de alguns. O nome de cada um poderá ser conferido na ficha técnica de cada projeto que eu participar e farei o máximo para que eles apareçam. Sem eles, os projetos não seriam realidade. Só posso adiantar que são talentosos - pude ver isso de perto - e que todos possuem grandes bagagens. São tão relevantes que, pretendo formar um grupo coeso, com a participação efetiva de todos os doze atores e os cinco técnicos.
Vanusa Lima: Alguns anos afastado, isso te assusta? O que você espera desse retorno e das pessoas que estão com você?
Junior Mendes: Não. Esse tempo não me assusta em nada e só espero dedicação para o que pretendemos fazer.
Vanusa Lima: Certa vez você afirmou que só trabalhava com pessoas de quem você gosta realmente. Você ainda mantém a mesma opinião? Em que isso te atrapalha ou te favorece? E por que somente com pessoas que você tem afinidade? Acredita que se for ao contrário, seu empenho em determinado trabalho não será válido?
Junior Mendes: Disse e continuo mantendo. Só trabalho onde gosto, com o que gosto e com quem gosto. Uma vez ou outra isso já me atrapalhou e em 2009, eu tive que escolher e deixei o cargo de Consultor Técnico de Infra-estrutura, na Engenharia da Regional da Claro Nordeste e a minha ex-chefe não entendeu minha posição. Alguns dizem que eu "chutei o pau da barraca", outros dizem que ela ficou "bufando" de raiva e chamou muitos palavrões. Eu nunca mais voltei lá para conferir.
Vanusa Lima: Junior Mendes por Junior Mendes. Quem é ele?
Junior Mendes: Não gosto de falar de mim nem da minha vida pessoal.
Vanusa Lima: Você já me falou de seu passado, de sua volta e de seus projetos. Que tal agora você me falar sobre a cultura pernambucana. O que está sendo feito, na sua concepção, para que seja possível abrir espaço para pessoas, que como você, estão retornando ou, aquelas que querem começar nesse âmbito cultural?
Junior Mendes: Mais eficiência dos órgão públicos em relação a cultura. Mais seriedade, mais formação. Isso está faltando muito. Os recursos ainda são muito pouco e, menos ainda se, comparados aos investimentos em outras áreas.
Vanusa Lima: Você me falou que desde cedo já escrevia, sempre gostou de escrever. Agora há pouco por exemplo, você terminou de escrever um romance policial. Já tem uma peça teatral finalizada e outras obras encaminhadas. Mas, você também conta que não é muito fã da leitura. Como você explica esse seu lado paradoxo? Ele está atrelado em tudo na sua vida ou só no que consiste ler e escrever?
Junior Mendes: Tudo na vida é paradoxo. Realmente gosto de escrever. Peça, no gênero comédia por exemplo, existe a perspectiva da trilogia de A Família. Já peça, no gênero drama existem também mais 3, todas sobre mitos. A única que não é minha e participarei é a de Nelson. 7 é um bom número. Em termos de peça encerrarei por aí. Livros existem a perspectiva de 12 obras. O primeiro já vai ser lançado, seu nome, Justosinjustos.
Vanusa Lima: Quer falar sobre ele?
Junior Mendes: Apenas um pequeno release. É sobre um triângulo amoroso entre jovens e um acontecimento trágico entre eles, um dos jovens é assassinado e o outro acusado de matá-lo. De ante mão adianto que esse jovem não é o assassino, mas é preso e acusado como tal. O enredo se passa numa cidade do interior de Pernambuco e as histórias são muito interessantes. Aguardem para conferir.
Vanusa Lima: O campo político para a área cultural está ascendendo aqui no estado, no entanto, sabemos que ainda existe uma certa "desorganização" de algumas entidades, beneficiando pricipalmente aqueles que já estão aí no mercado há bastante tempo. Você vê esse parâmetro como obstáculo para seu retorno?
Junior Mendes: Não, mas a política não está descartada, se for para melhorar a cultura. Prezo por um slogan: "Pelo direito a cultura e, pela cultura do direito! Sempre!".
Vanusa Lima: Alguns anos atrás sua família desaprovava sua escolha. Hoje, você é casado e tem três filhos. Tua esposa e teus filhos te apoiam, ou a história se repete?
Junior Mendes: Há coisas que não mudam. Minha mãe por exemplo, continua pensando o mesmo e só me apoiará quando as coisas se concretizarem de fato. Ela tem a visão que trabalho é aquele que você bate cartão todo dia e tem hora para almoço. Aquele que você tem que pegar condução para chegar lá e que sempre tem um chefe te esperando. Coisas da Amara. Já meus filhos e minha mulher acreditam sim que os projetos possam deixar de ser projetos e se tornarem realidade.

Junior Mendes terminou a entrevista deixando para todos nós que a acompanhamos, uma lição de perseverança. "Não devemos desistir de nossos ideais, mesmo que eles pareçam impossíveis, afinal, vale lembrar que tudo é possível nessa vida, basta que acreditemos e que façamos por onde", concluiu.

 Vanusa Lima da Redação da Ocaso Produções, Recife - PE