quarta-feira, 25 de março de 2020

Compartilhando Experiências... Ressurgindo Como a Fênix

Oi pessoal, estou eu dando o ar da graça por aqui, depois de muito tempo. Pois é, fiquei afastada mas precisamente por um ano. Uau! É muito tempo, não é verdade? Sim, mas foi bom esse tempo longe, pois passei por muitas coisas, quais posso compartilhar com vocês, principalmente vocês mulheres que estão passando por algo semelhante ao que eu passei. Agora, me sinto pronta para compartilhar o que vivi e, vivo atualmente, para quem sabe assim, eu não possa ajudá-las a superar situações nada agradáveis ou, inimagináveis, como foi no meu caso.
Para que vocês compreendam o que que quero falar, farei breve resume de minha vida... Ah não, não se preocupem, não quero escrever um livro de auto-ajuda, até porque não creio que sejam os livros desse gênero capazes de nos ajudar, mas sim, os relatos que eles contém, podem fazer todo o diferencial, pois, por mais que os problemas se assemelham, jamais serão os mesmos, e vai variar bastante, então, tenham os livros de auto-ajuda, não como fieis manuais para tua vida, entretanto, veja-os como direcionadores de situações, quais vocês podem se identificar devido à semelhança, e, a partir das afinidades, você perceberem e descobrirem qual caminho deve trilhar.
Então, vamos lá? É isso... só lembrando, não é um livro de auto-ajuda, ok? Bem, como vocês já sabem, sou Vanusa Lima, jornalista e cineasta, sou pernambucana da gema, daquelas que veio do interior mesmo, matuta e com muito gosto. Atualmente, estou com meus quarenta e um anos de vida, graças a Deus. Sou mãe de três belos rapazes, que costumo dizer que são meus presentinhos que Deus me deu. O mais velho têm vinte e dois anos, o do meio está prestes à fazer dezoito e o caçulinha, têm doze aninhos. Todos meninos, meus tesourinhos!
Bem, eu vivi durante vinte e um anos e alguns meses com o pai de meus filhos. Aquele casamento dos meus sonhos (meus, porque cada uma de nós sonhamos de um jeito), onde vivíamos apaixonados um pelo outro; amantes (e belos amantes); companheiros; colegas de trabalho (trabalhávamos juntos em projetos culturais); filhos lindos e inteligentes (modéstia à parte) enfim, tudo o que vocês possam imaginar para que eu tivesse, ou ao menos achasse que tinha, um casamento sólido.
Ops! Aí é que está o problema. Não existe casamento sólido. Aprendam isso deste já. Isso mesmo, não existe casamento sólido. O que existe é um interesse único em se manter um casamento. Isso mesmo. E enquanto os dois pensarem da mesma forma, tiverem o mesmo objetivo, aí sim, o casamento se mantém numa solidez impecável e durará até que a morte os separem.
Mas, imaginem vocês que os homens (sim, os homens em sua grande maioria) eles gostam de variar, de experimentar pratos novos, e não por falta de opção em casa, mas simplesmente porque são muito gulosos. E falo isto sem medo de errar. Porque lamentavelmente os homens enxergam o casamento de maneira bem diferente que a mulher. Nós mulheres em sua grande maioria, somos românticas, sonhadoras, queremos o bem maior de nossa família, mas o homem não. Ele em sua maioria é egoísta, pensa na virilidade dele acima de todas as coisas. Na cabeça do homem, quanto mais mulheres ele tiver, mais macho ele é. Já as mulheres são o avesso de tudo isso, para nós, não importa a quantidade e sim a qualidade. Bem, e aí é que está o "x" da questão...


Vinte e um anos de casamento, passamos juntos por situações bem complexas, chegamos quase a passar fome, com os dois primeiros filhos ainda pequenos (a diferença de idade dentre os três é de cinco anos cada), sorte que um ainda mamava, mas mesmo assim... seguimos, firmes, fortes, e nos amando! Lindo né? Pois é... aí depois enfrentamos outras tribulações, e vencemos. E mais outra, e vencemos... sempre juntos. Um dando à mão ao outro,  como deve ser com qualquer relacionamento... Em meio as batalhas, traições... e em prol do amor que sentia por ele, e da nossa família, ele pedia perdão, eu perdoava... e seguimos. Se brigávamos? Claro, como qualquer casal. Ora ele estava certo, ora eu. Mas seguíamos. Tínhamos um acordo, de não irmos dormir sem fazer as pazes. E isso às vezes era até estimulante, porque cá entre nós, fazer as pazes é bem mais emocionante, não é verdade? Porque você deixa sua imaginação se soltar, e se ela for fértil, você vê estrelas, passarinhos azuis e borboletas rosas voando dentro de seu quarto. Ok... até aí deu para perceberem que eu tinha um casamento como outro qualquer. E, que terminou como a maioria termina, em traição.
Eu passei mais de duas décadas escutando dele, que ninguém o faria trocar a família, mulher nenhuma. E isto gerou em mim uma certa confiança, por acreditar que estava vivendo com o amor da minha vida. Ora, ele até poderia ser o amor da minha vida, mas com certeza, eu jamais fui isto para ele. O que hoje, graças a Deus não me importa mais. O que eu quero dizer para vocês meninas, que sonham com seus príncipes encantados... continuem sonhando, não percam seus melhores momentos por causa de histórias que não deram certo, mas, faço uma ressalva, sonhem, acreditem, amem, se dediquem, deem o seu melhor, só não permitam que eles acabem com seus sonhos. Aí Vanusa você nos confunde, como é isso: acreditar desacreditando?
É isso aí... acreditem desacreditando. Simples, não deixem de viver os melhores momentos, de escreverem belas histórias juntos, de realizarem desejos, de programarem passeios... enfim, vivam tudo, o único erro de uma mulher, é, viver tudo isto e além de tudo, colocar o homem como prioridade em sua vida. Como se viver ou conviver com eles seja o mais importante e até vocês acreditarem naquela velha frase "sem ele eu não vivo".
Deixa eu te desapontar, vive. E vive muito, e vive muito bem. Eu, Você, Nós não precisamos de um homem para vivermos, nós merecemos um companheiro que nos ame, que nos respeite acima de tudo, como mulher, namorada, noiva, mãe, amiga (tudo isto num pacote único), mas, que ele não seja a nossa prioridade. Que ele venha para somar, e não para nos diminuir.
Quando eu percebi que o tinha "perdido" me desesperei, chorei noites e noites e mais noites, isto durante um ano e meio. Não podia vê-lo, que meu coração gritava como louco dentro de mim. E no começo, quantas e quantas vezes não repeti essa frase "como vou viver sem ele?"
Ei, deixa eu te contar... eu descobri que eu posso e sim, que eu vivo sem ele, ou sem qualquer outro homem. Porque para eu viver, dependo unicamente de Deus, e depois, de mim mesma.
Quando Deus arrancou aquele sentimento de meu coração, eu me senti como a fênix, eu verdadeiramente ressurgi para a vida. Descobri que eu me amo, que sou linda (quem quiser achar o contrário, zero bronca) mas eu me acho linda, capaz, e o melhor, não dependo de homem para ser feliz, eu dependo de Deus e de mim.
Aí você me pergunta "você não quer mais ninguém na sua vida?" Oi, claro que quero. Não deixei de ser romântica, apaixonada por belíssimas histórias de amor, e, tão pouco de sonhar com meu príncipe encantado. Sei que em algum momento ele vai surgir em um cavalo branco, e eu vou montar na sua garupa e saí por aí escrevendo novas histórias para a minha vida e a dele. Mas, com uma grande ressalva, não será mais o meu príncipe encantado que vai determinar as diretrizes da minha vida e minha felicidade, mas sim, Eu, apenas eu, debaixo das mãos poderosas de Deus, que vou dizer que caminho quero seguir. Se vou permitir que os erros do passado me sigam para aonde eu for, ou, se as experiências vividas são suficientes para que eu não cometa os mesmos erros... sinceramente, amar é muito bom, fazer amor melhor ainda, entretanto, ter as rédeas da minha felicidade em minhas mãos e não colocar homem nenhum como regente principal da minha vida, isto não tem preço.
Que sejamos assim, mulheres guerreiras, que lutam por tudo o que acreditam, inclusive pelos nossos amores; princesas, românticas, sonhadoras, com ideais de vida para si; porém, que sejamos rainhas que confiam na carruagem que as carregam, mas não em seus cavaleriços.
É isso meninas! Deixo para vocês, apenas um pouco da minha experiência. Assim que puder, volto aqui e conto mais coisas para vocês. Importante é que vocês saibam que a melhor decisão não é deixarmos o amor nos dominar, e tão pouco amar alguém, porém que possamos ter a consciência de que devemos pensar primeiramente, segundamente, terceiramente ... em nós mesmas e, depois... neles!