Olá, eu sou Vanusa Lima (ou simplesmente Dhauda) Cineasta, Figurinista, Roteirista, Jornalista, Produtora Artística, Escritora, Artesã. Serva do Deus Altíssimo. Mãe de Três Príncipes Coroados e mais o que Jeová permitir que eu seja. Agradeço de coração pela visita neste blog. Rogo a Deus por sua felicidade.Tenha uma boa leitura e volte sempre que desejar!
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Cênicas - Festival de teatro, Dança e Audiovisual do Paulista - Edição 2015
Labels:
Adulto,
Anexos,
Audiovisual,
Cênicas,
Cinema,
Cineteatro,
Curta Metragem,
Dança,
Edital,
Festival,
Infantil,
Paulista,
Paulo Freire
Menina, Mãe, Mulher... assim que me defino, uma pessoa alegre, cheia de vida, que gosta de sorrir, ser feliz e fazer outras pessoas felizes. Apaixonada por filmes, livros e músicas. Encantada com a vida, apesar de seus altos e baixos, e, adoradora do Deus vivo, Todo-Poderoso, nosso Pai e Criador. Ele é tudo na minha vida, sem Ele eu não seria o que sou!
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
Cênicas - Festival de Teatro, Dança e Audiovisual do Paulista - Edição 2015
Já estão abertas as inscrições para o Cênicas - Festival de Teatro, Dança e Audiovisual do Paulista - Edição 2015. O evento que acontecerá em Novembro desse ano, no Cineteatro Paulo Freire em Paulista - PE, recebe inscrições de Grupos teatrais, Grupos de Dança e Cineastas, até o dia 24 de Setembro de 2015.
Para ter acesso ao EDITAL e seus ANEXOS, entrem no endereço do Facebook: https://www.facebook.com/groups/462540570595164/
Outras informações: festival.cenicas@gmail.com
(81) 9.9920-3203 - Tim
(81) 9.9920-3486 - Tim
Labels:
Audiovisual,
Cênicas,
Cineteatro,
Dança,
Edital,
Festival,
Ocaso,
Paulista,
Paulo Freire,
Pernambuco,
Teatro
Menina, Mãe, Mulher... assim que me defino, uma pessoa alegre, cheia de vida, que gosta de sorrir, ser feliz e fazer outras pessoas felizes. Apaixonada por filmes, livros e músicas. Encantada com a vida, apesar de seus altos e baixos, e, adoradora do Deus vivo, Todo-Poderoso, nosso Pai e Criador. Ele é tudo na minha vida, sem Ele eu não seria o que sou!
domingo, 15 de março de 2015
O MODELO ENGESSADO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
RESULTADO DO PISA 2014 - PROGRAMA INTERNACIONAL DE AVALIAÇÃO DOS ESTUDANTES CHAMA A ATENÇÃO POR ÍNDICES BAIXOS E POR COLOCAR O BRASIL EM 58o. LUGAR NO RANKING GERAL
Fonte da Imagem: Google - www.google.com.br
Em meados do segundo semestre de 2014, o
Governo Federal divulgou os resultados do PISA - Programa Internacional de
Avaliação dos Estudantes, onde jovens de quinze anos, alunos de escolas da rede
pública e privada, do 7º. ano do fundamental,
realizaram uma prova, cujo resultado tinha como objetivo identificar o nível de
aprendizado da região. Foram 65 países selecionados, nos quais, o Brasil não
obteve um bom resultado, tendo em vista que o mesmo ficou em 58º no ranking
geral.
Alguns educadores e profissionais da área, manifestaram-se satisfeitos com o desempenho do nosso país, o que me causa espanto, tendo em vista que o nosso sistema de aprendizado ainda é engessado e possivelmente permanecerá nesse engessamento por muito tempo, levando em consideração não apenas os interesses políticos, mas, o econômico mesmo, já que as escolas particulares – em sua maioria – estão mesmo interessadas no retorno financeiro.
Alguns educadores e profissionais da área, manifestaram-se satisfeitos com o desempenho do nosso país, o que me causa espanto, tendo em vista que o nosso sistema de aprendizado ainda é engessado e possivelmente permanecerá nesse engessamento por muito tempo, levando em consideração não apenas os interesses políticos, mas, o econômico mesmo, já que as escolas particulares – em sua maioria – estão mesmo interessadas no retorno financeiro.
Para que o leitor tenha uma real noção
do que estou afirmando, participei, como ouvinte, de uma feira de conhecimento,
antiga feira de ciências – como era chamada há algumas décadas atrás, principalmente nas escolas públicas – em um
colégio particular na região metropolitana do Recife, na última sexta-feira do
mês de novembro do referido ano.
Na ocasião em que visitava os estandes,
fui tomada por uma onda de decepção, principalmente ao perceber que aqueles
jovens repetiam as mesmas coisas – literalmente – de vinte anos atrás, quando
eu é quem estava na condição de aluna. Fiquei intrigada, e comecei instigando
alguns desses alunos a me darem respostas menos “decorebas”, em vão. Todos, e
não estou exagerando quando digo todos, insistiam em repetir exatamente aquilo
que haviam decorado, ou que foram orientados à falar. Quando os perguntava
algo, travavam, paravam e alguns até me diziam meio envergonhados “Desculpa, essa não é a minha parte”.
Imediatamente me veio em mente Estudo
Errado música de Gabriel o Pensador, que fez muito sucesso no início dos
anos 1990: “... decorei, copiei, memorizei, mas não aprendi”.
Poucos dias depois, vendo os resultados do PISA e o Brasil lá, no ranking: que bonitinho! Tive a convicção de quão comercial é nossa educação. Os gestores não estão preocupados em instigar esses alunos a tornarem-se pensadores, futuros cidadãos capazes de discutir em qualquer fase de suas vidas, os problemas sociais, políticos, ambientais, em outras palavras, resumindo: jovens que não conhecem o passado na sua totalidade, apenas nas limitações dos livros didáticos (que trazem quase sempre as mesmas informações de décadas e décadas atrás, e creio não ser exagero dizer que da época da minha avó), e do ensinamento de profissionais que repetem aquilo que outros professores repetiram para eles, criando assim um ciclo “vicioso” no que concerne chamarmos de educação fundamental brasileira. Não se observa nesses estudantes a necessidade de buscar mais informações pertinentes ao que se estuda, mas sim, o comodismo, a coisa pronta e mastigada que é entregue para eles em sala de aula.
Poucos dias depois, vendo os resultados do PISA e o Brasil lá, no ranking: que bonitinho! Tive a convicção de quão comercial é nossa educação. Os gestores não estão preocupados em instigar esses alunos a tornarem-se pensadores, futuros cidadãos capazes de discutir em qualquer fase de suas vidas, os problemas sociais, políticos, ambientais, em outras palavras, resumindo: jovens que não conhecem o passado na sua totalidade, apenas nas limitações dos livros didáticos (que trazem quase sempre as mesmas informações de décadas e décadas atrás, e creio não ser exagero dizer que da época da minha avó), e do ensinamento de profissionais que repetem aquilo que outros professores repetiram para eles, criando assim um ciclo “vicioso” no que concerne chamarmos de educação fundamental brasileira. Não se observa nesses estudantes a necessidade de buscar mais informações pertinentes ao que se estuda, mas sim, o comodismo, a coisa pronta e mastigada que é entregue para eles em sala de aula.
Lamento profundamente por isso, e como lamento! E devo
admitir, vai Demorar e muito, e com “D” maiúsculo mesmo, o dia em que eu
voltarei numa feira do “conhecimento” e de fato, o nome fará jus aos conteúdos
apresentados por esses alunos.
Enquanto isso, o Brasil continuará assim, com essa visão retrógrada do que é uma rede funcional de ensino e achando interessante fazer parte de um ranking onde ele está praticamente nos últimos lugares, tendo uma das notas mais baixas, e achando que isso é a “evolução didática brasileira”. É, com certeza, pensando dessa maneira, a música daquele Gabriel, o pensador, continuará sendo tão atual, quanto era a mais de duas décadas atrás, quando meus filhos, provavelmente estejam tentando buscar um ensino de qualidade para os netos deles. Exagero? Prefiro deixar que vocês decidam.
Enquanto isso, o Brasil continuará assim, com essa visão retrógrada do que é uma rede funcional de ensino e achando interessante fazer parte de um ranking onde ele está praticamente nos últimos lugares, tendo uma das notas mais baixas, e achando que isso é a “evolução didática brasileira”. É, com certeza, pensando dessa maneira, a música daquele Gabriel, o pensador, continuará sendo tão atual, quanto era a mais de duas décadas atrás, quando meus filhos, provavelmente estejam tentando buscar um ensino de qualidade para os netos deles. Exagero? Prefiro deixar que vocês decidam.
Por: Vanusa Lima
Labels:
Educação,
Notas baixas,
PISA,
Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes,
Ranking Brasil,
Rendimento insatisfatório
Menina, Mãe, Mulher... assim que me defino, uma pessoa alegre, cheia de vida, que gosta de sorrir, ser feliz e fazer outras pessoas felizes. Apaixonada por filmes, livros e músicas. Encantada com a vida, apesar de seus altos e baixos, e, adoradora do Deus vivo, Todo-Poderoso, nosso Pai e Criador. Ele é tudo na minha vida, sem Ele eu não seria o que sou!
Até eu te Encontrar – Graciela Mayrink
Uma envolvente história que mistura
passado e presente, onde a magia é o elo
Imagem do Google: www.google.com.br
Ambientado num campus
universitário, o romance conta a história de Flávia, jovem que perdeu os pais
num acidente de carro quando tinha apenas cinco anos. Criada pelos tios numa
fazenda do interior de Minas Gerais, ela decide morar sozinha quando passa no
vestibular de agronomia pela Universidade Federal de Viçosa, mudando-se para a
cidade logo em seguida.
Carismática, amável, sincera e dona
de uma personalidade e de um caráter inquestionáveis, Flávia faz amizade já no
primeiro dia de aula. E assim, torna-se a melhor amiga de Felipe, Mauro,
Gustavo e Lauren. E dentre os amigos, ela descobre de forma inesperada, sua
alma gêmea, Luigi, um jovem perseguido pela paixão obcecada de Carla, uma jovem
imatura, mimada e de difícil convivência, que carrega consigo a fama de ser uma
bruxa.
Intrigas,
romances, magias e revelações surpreendentes que vão transformar a vida de
todos, onde a amizade e o amor indicarão o caminho. Para desvendar os mistérios
que rondam a personagem principal e seus antepassados, Flávia conta com o
importante apoio de Sônia, sua vizinha e dona da única loja de produtos
exotéricos.
O
livro é uma mesclagem do real com o imaginário, e trás capítulos não muito
longos e com uma linguagem simples, bem jovem e até coloquial, o que facilita a
leitura, principalmente daqueles que não mantém o hábito de ler. Uma boa dica
aos nossos universitários, que com toda certeza sentirão bem familiarizados com
algumas referências citadas na narrativa, como o RU – Restaurante Universitário,
nos fazendo transportar para o mesmo ambiente dos estudantes mineiros.
Até eu
te Encontrar é o primeiro romance da carioca Graciela Mayrink, agrônoma
formada pela Universidade Federal de Viçosa e mestra em fitopatologia pela
Universidade Federal de Lavras, ambas em Minas Gerais. Esse livro já está em
sua segunda edição, sendo o mesmo colocado dentre os mais procurados.
Fica a
dica para vocês leitores, e tenham todos uma excelente leitura!
Por: Vanusa Lima
Menina, Mãe, Mulher... assim que me defino, uma pessoa alegre, cheia de vida, que gosta de sorrir, ser feliz e fazer outras pessoas felizes. Apaixonada por filmes, livros e músicas. Encantada com a vida, apesar de seus altos e baixos, e, adoradora do Deus vivo, Todo-Poderoso, nosso Pai e Criador. Ele é tudo na minha vida, sem Ele eu não seria o que sou!
ESPECIAL - O PRECONCEITO QUE FALA, É O MESMO QUE CALA
Um dos preconceitos mais praticados pela
sociedade brasileira, é também o menos difundido
Imagem: Vanusa Lima
Talvez
por ignorância ou displicência, as pessoas não se dão conta de sua gravidade e
seguem no dia-a-dia com “brincadeiras” que nem sempre são bem quistas,
principalmente por aqueles que sofrem com as referidas.
O
preconceito linguístico existe, e isso é fato. E mais do que sua própria
existência, o que pesa é o quanto ele incomoda a muita gente. Um incômodo
silencioso que apenas poucas pessoas têm a consciência de suas consequências.
Por trazer desconforto para
muitos, o tema preconceito é quase sempre evitado, deixando de lado suas sequelas
muitas vezes avassaladoras. Um assunto que a maioria não gosta de abordar, porém
vale lembrar, o quanto é importante que a sociedade discuta esse tipo de
problema, e tente encontrar soluções para que suas vítimas consigam sair ilesas
moralmente.
O que se entende por
preconceito linguístico, está diretamente relacionado à fala. O indivíduo
geralmente utiliza gírias, que são nada mais nada menos que marcas de pequenos
grupos sociais, como skatistas, surfistas, classes que acabam possuindo um
dialeto próprio e compreendido apenas por eles. Ou ainda, comunidades que
representam determinadas regiões de um país, como no Brasil, por exemplo, onde
possuímos cinco regiões das quais, seus nativos falam com características
daquela localidade.
“O preconceito linguístico
precisa ser reconhecido, denunciado e combatido, porque é uma das formas mais
sutis e perversas de exclusão social”. Comenta o escritor, linguista e também
professor da Universidade de Brasília, Marcos Bagno. Autor de mais de trinta
livros, a maioria aborda o tema em questão. Um dos livros mais editado dele é o
“Preconceito
Linguístico: o que é, como se faz” da Editora Loyola.
Livro de Marcos Bagno- Imagem do Google
O que as pessoas não imaginam,
é o quanto as vítimas sofrem com tudo isso, e passam a ter suas vidas
transtornadas, muitas perdendo até o sentido de continuar existindo. Esse tipo
de problema é sofrido por uma grande maioria, desde crianças à adultos. Não
existe uma escolha de raça ou cor. Existe a certeza de contrariar um próximo,
apenas porque ele fala “diferente” dos demais.
Embora algumas pessoas
apresentem algum tipo de transtorno psicológico por conta do preconceito
vivido, há aquelas que nada sentem, levando na brincadeira. Isso geralmente
acontece com pessoas que não se incomodam com os tais rótulos dado por quem
pratica o preconceito.
As principais vítimas do
preconceito linguístico são no geral, pessoas que não pertencem àquela região,
e quando chegam, são criticadas, humilhadas ou sofrem com as gargalhadas
alheias, o tal do deboche.
Uma pessoa ao falar “oxente”,
“visse”, “arretado” e outras mais, é facilmente identificado como nordestino, e
a depender de onde esteja, pode ser visto com olhos de preconceito. Já os sudestinos,
por exemplo, ao invés de falarem a palavra “mesmo”, eles pronunciam “mermo”,
trocando o “s” por “r”. Outra pronúncia diferenciada está na palavra mãe, que
eles trocam por “maê”.
Selma Alves natural do Rio de Janeiro
A carioca Selma
Alves, hoje com 40 anos, chegou ao Recife aos 31. Em conversa informal, ela desabafou.
“Sofro todos os dias. Devido ao sotaque,
ao falar diferente. Agora não ligo. Mas no começo era muito difícil tudo isso.
Hoje as pessoas ainda riem do meu modo de falar”.
Situações constrangedoras como
as vivenciadas por Selma e tantas outras pessoas que necessitam mudar de estado
ou de cidade, ocorrem em distintos lugares, e o que mais desperta a atenção é
que o preconceituoso nada tem a ver com classe social ou econômica, pois independente
do meio onde vive, o agressor, por assim dizer, pertence a quaisquer uma das
esferas sociais, o que é lamentável, tendo em vista que para esse caso
específico, nota-se que o acesso à informação não faz diferença alguma e o
sujeito pratica o preconceito a todo custo.
Diferentemente da carioca
Selma, o estudante Gabriel Corrêa, 18 anos, tinha apenas onze quando veio morar
em Recife. Gabriel que é de Santa Catarina, disse que com ele foi diferente. “Meus colegas me respeitam. Não se
incomodam porque eu falo um pouco diferente deles”, revelou.
Gabriel Corrêa de Santa Catarina, aos 11 anos
No caso de Gabriel, podemos
até dizer que ele teve um pouco de sorte, tendo em vista que é quase impossível
alguém passar ileso dos comentários e brincadeiras maldosos, referentes aos sotaques
de pessoas oriundas de outras regiões, independente do local onde se esteja. Isso
porque, os praticantes ou, os preconceituosos, geralmente costumam agir quando
já têm certa intimidade com a vítima, claro que nem sempre isso é regra, mas no
geral isso acontece, e por esse motivo, alguns entendem que não estão agindo
com preconceito, mas, brincando com o amigo, o que seria de alguma forma,
permitido.
Para
a psicóloga Flávia L. Carvalho, 47 anos, o preconceito linguístico não passa de
uma extensão de um problema ainda maior, denominado Bullying, onde na maioria
das vezes as crianças são as maiores vítimas e o local escolhido por elas, é a
escola. Dentre as possíveis situações de Bullying, podemos destacar: ofensa;
humilhação; descriminação; exclusão, e outros.
Bullying ou não, a verdade é
que qualquer tipo de preconceito gera violência, e a maneira de se falar
diferente do outro, chama a atenção para a quantidade de brigas que acontecem
dentro das escolas. É cada vez maior o número de crianças que se envolvem em desavenças,
e o motivo muitas vezes é o mesmo: “Ficou
dizendo que eu não sei falar direito, que eu sou burra. Que falo errado porque
sou do interior, mas isso não tem nada a ver”.
E não tem mesmo não. Esse fato
aconteceu com a dona de casa Priscila O. Silva, 24 anos. Quando estava com 16
anos, saiu da cidade de Itaíba, interior pernambucano para morar na capital. Entretanto,
por falar com sotaques característicos do interior, acabou tornando-se vítima dos
colegas de trabalho e até vizinhos. “Nós
lá da cidade sabemos respeitar os outros, mas aqui o povo é diferente”. Desabafou
a jovem, que acrescentou “Não me
acostumo com esse lugar. Depois de sete anos sofrendo com a humilhação de
alguns vizinhos, quero voltar para minha casa no interior.” Embora o Brasil seja um país culturalmente
hibrido, e que por essa razão, tantas pessoas de regiões distintas, consigam
falar diferente, elas não estão prontas para lidar com o preconceito e muitas
desenvolvem um comportamento violento. Principalmente aquelas que sofrem a
ação. Mesmo não recebendo toda a atenção que deveria receber, alguns
profissionais buscam amenizar o trauma de algumas vítimas.
Manoel Agostinho, pedagogo da cidade de Tupanatinga PE
O pedagogo Manuel Agostinho, 64
anos, dava aulas há vinte anos para crianças carentes no agreste pernambucano.
Um dos trabalhos desenvolvidos por ele em sala de aula é o respeito ao próximo.
“Aqui ensinamos que o ser humano deve
sempre ser respeitado e mais ainda, deve respeitar o seu semelhante. E o mais
importante, saber conviver com as diferenças”. Completou o pedagogo.
Para essas crianças, o
trabalho sempre apresenta resultados satisfatórios. “Chega ser quase impossível ouvir uma criança destratar uma outra”. Contou
radiante o professor. “A maioria dessas
crianças são pobres, algumas passam por privações, mas o desempenho delas me
incentivaram a continuar. Estava no caminho certo”. Refletiu o professor
Manoel, que por motivos de saúde, precisou ausentar-se das salas de aula,
lamentando por não poder dar continuidade ao seu trabalho junto às crianças.
Numa outra escola, desta vez
na capital, as soluções não são tão diferentes das apresentadas pelo professor
Manoel, no interior.
“Não é difícil trabalhar com as diferenças, nem ensinar uma maneira de
respeitar seu semelhante. Aqui na escola, temos uma disciplina chamada Direito
da Cidadania, que estimula os alunos a conhecer e respeitar os diversos
“mundos” do ser humano”. Contou Lucimar Arouxa, coordenadora pedagógica em um
colégio localizado na zona sul do Recife.
De acordo com relato de
alunos, de fato esse tipo de preconceito não foi detectado por nenhum deles. “Estudo aqui faz muito tempo, uns cinco
anos, desde que me lembro. Mas nunca presenciei nenhum menino brigando por
causa de seu modo de falar”. Disse Jéssica Beatriz, estudante, 19 anos.
O Doutor em Direito e
Comunicação e Semiótica e professor da PUC-SP, Gabriel Chalita, publicou um
artigo na revista Construir Notícias, direcionada aos educadores. Onde ele fala
que a falta de conhecimento sobre o assunto, leva à violência e a
descriminação.
“Na escola, essa atitude pode ter resultados drásticos, porque leva a
vítima, muitas vezes, ao isolamento e, até ao abandono”. Conclui Chalita.
Para evitar quaisquer danos
psicológicos principalmente às crianças, é extremamente importante que os pais
observem seus filhos e os ambientes que ele frequenta. Tanto aquele que agride
quanto o que é vítima, ambos necessitam de atenção e ajuda de profissionais. É
interessante também que busquem maiores informações com pessoas qualificadas.
O preconceito existe e causa
estrago em muita gente, mas com diálogos constantes e interesse de familiares e
amigos, muitos problemas podem ser evitados. Além do mais, vale ressaltar que
não há mal nenhum em ser diferente. Somos diferentes, pensamos e agimos
estranho ao próximo e ele a nós, e é justamente isso que nos tornam pessoas
especiais.
Ser diferente não é o
problema. O problema são as pessoas acreditarem que temos que ser exatamente
iguais. E isso não é possível, pois se bem lembrarmos, somos híbridos
culturalmente, temos gostos e pensamentos distintos, isso não é defeito. Imaginem
se todos fossem exatamente iguais? Com certeza só teríamos uma única profissão
no mundo, e todos pareceríamos meros robôs. Isso sim seria desconfortante.
Aceitar as diferenças é
reconhecer o quanto podemos ser ecléticos em distintas áreas. E como mostramos
isso? Começamos aceitando que a FALA do indivíduo deve ter voz e pode se
expressar da melhor maneira que lhe seja conveniente, através da sua própria fala.
Matéria: Vanusa Lima
Fotos de Selma Alves e Gabriel Corrêa: Vanusa Lima
Foto de Manoel Agostinho: Acervo Pessoal
Imagem do livro de Marcos Bagno: www.google.com.br
Labels:
Bullying,
Marcos Bagno,
Preconceito linguístico,
Recife,
Rio de Janeiro,
Santa Catarina,
Vanusa Lima
Menina, Mãe, Mulher... assim que me defino, uma pessoa alegre, cheia de vida, que gosta de sorrir, ser feliz e fazer outras pessoas felizes. Apaixonada por filmes, livros e músicas. Encantada com a vida, apesar de seus altos e baixos, e, adoradora do Deus vivo, Todo-Poderoso, nosso Pai e Criador. Ele é tudo na minha vida, sem Ele eu não seria o que sou!
sábado, 14 de março de 2015
NECESSIDADE QUE VIROU PAIXÃO
A INCRÍVEL
HISTÓRIA DE UMA MULHER QUE DESDE OS SEIS ANOS DE IDADE TRABALHA DENTRO DO
MERCADO DE SÃO JOSÉ
Marli Sales
- dona do boxe 73 no Mercado de São José
O Mercado de
São José é um dos mais antigos do país. Fundado em sete de setembro de 1875,
está sitiado no bairro de São José, na cidade do Recife, capital pernambucana.
Além de produtos alimentícios, roupas, utensílios para casa e produtos
religiosos, o Mercado esconde segredos que nem sempre chega aos olhos e ouvidos
dos turistas e moradores que visitam o local.
A emocionante história de vida de Marli Sales, de 46 anos, nos
chama a atenção e, desperta a curiosidade de quem para e ouve o seu comovente
relato.
Filha mais nova de uma família de dez irmãos, começou acompanhar
os pais quando tinha apenas seis anos de idade. Eles vendiam frango para os
comerciantes da área. Algum tempo depois, a família conseguiu a concessão de um
box e além de frango, passaram a negociar outros produtos alimentícios.
A
necessidade dos seus pais em manter o local e dele tirar o sustento da numerosa
família, nem sempre agradou Marli. “Durante a
adolecência pensava que pudesse existir outros meios para prover o nosso
sustento. Queria me libertar desse lugar”.
Mesmo em
busca dessa tal liberdade, Marli aproveitou sua adolescência para fazer cursos
de aprimoramento na área comercial, visando melhorar os negócios da família.
“Hoje eu digo que o
Mercado de São José
é a minha vida”
Hoje, a família possui três boxes, sendo que um deles é em comum
acordo com os demais irmãos, os outros dois é agora de propriedade da própria
Marli.
Consciente que tudo o que possui hoje, fora graças ao
trabalho de seus pais e consequentemente o seu também, a comerciante declara. “Hoje eu digo que o Mercado de São José é a minha vida. Não
consigo me ver trabalhando em outro lugar”. Talvez por
isso, seja possível encontra-la todos os dias no Mercado de São José.
De domingo a domingo. A jornada é grande, porém incansável. No
dia em que não pode ir ao local de trabalho, Marli liga e procura saber como
estão as coisas sem a sua presença. “Passo o
tempo todo aqui. Minha casa só vou para dormir”, confessa
orgulhosa.
O amor que hoje sente pelo seu trabalho e pelo Mercado, a fez
lutar por melhorias para o recinto. Criou com a ajuda de um pequeno grupo de
comerciantes a Associação dos Locatários Internos do Mercado de São José, da
qual já fora presidente.
Um dos principais objetivos da Associação era lutar por
melhorias do ambiente de trabalho, bem como conscientizar a população de que o
Mercado tem também um valor cultural de extrema relevância para a sociedade
pernambucana. Outras conquistas conseguidas pela Associação foram fundamentais
para apresentar o lugar como um dos principais pontos turísticos da região:
padronização dos boxes; funcionários fardados; banheiros para deficientes
físicos; placas informativas em quatro idiomas, dentre outras melhorias; bem
como a criação do Espaço da Cultura Popular que serve para orientar os turistas
e que visitam o Mercado.
Desde o momento em que descobrira seu amor pelo Mercado de
São José, a comerciante Marli Sales sente-se feliz e confessa não sentir
vontade de sair mais de lá.
Reportagem e Foto: Vanusa Lima
Labels:
Marli Sales,
Mercado de São José,
Recife,
Vanusa Lima
Menina, Mãe, Mulher... assim que me defino, uma pessoa alegre, cheia de vida, que gosta de sorrir, ser feliz e fazer outras pessoas felizes. Apaixonada por filmes, livros e músicas. Encantada com a vida, apesar de seus altos e baixos, e, adoradora do Deus vivo, Todo-Poderoso, nosso Pai e Criador. Ele é tudo na minha vida, sem Ele eu não seria o que sou!
Assinar:
Postagens (Atom)
-
... A ntes de começar a digitar palavras que eu sei, não vão causar bem estar aos que lerem, eu preciso respirar fundo, pois o que vou nar...
-
T odo ano de eleição é comum assistirmos aos escândalos provocados pelos candidatos, que buscam a todo custo uma vitória ou reeleição nas ...
-
RESULTADO DO PISA 2014 - PROGRAMA INTERNACIONAL DE AVALIAÇÃO DOS ESTUDANTES CHAMA A ATENÇÃO POR ÍNDICES BAIXOS E POR COLOCAR O BRASIL EM 58...
-
Fraudes foram descobertas nas prefeituras de Tupanatinga e Vertentes: de funcionários fantasmas à servidores ganhando mais que um Ministro...
-
A Ocaso Produções anuncia que no dia 30 de janeiro de 2012 estará selecionando Casting para integrar elenco de peç...
-
VENHA VIVER TEATRO E CINEMA COM O CÊNICAS C om o intuito de promover artistas da região, difundir novos talentos e formar público, o C...
-
Acompanhem a matéria de Vanusa Lima na íntegra no link: http://portaltupan2012.blogspot.com.br/2016/09/eleicoes-2016-atencao-em-quem-...